quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

O azedo que faz bem, que traz o equilíbrio


Na última terça-feira, 22, o presidente Lula esteve no Rio de Janeiro para a entrega de mais um Prêmio Brasil Olímpico para os destaques esportivos de 2009. E como não poderia deixar de ser o presidente soltou mais uma de suas bravatas. Dessa vez o alvo foi os azedos da imprensa esportiva que segundo ele "são contra as coisas boas que o Brasil conquista" referindo-se sobre a conquista do Rio para sediar os Jogos Olímpicos de 2016.

Caro presidente, o problema não é o Jogos Olímpicos no Braisl, ninguém racional seria contra o seu país sediar um evento assim, o problema está no abuso de recursos financeiros para esta realização. Agora se ficar indignado com esses abusos é ser azedo, visto a carapuça e me considero um azedo também.

Fala do presidente "Existe um tipo de gente, que é tão azedo (sic) que nada que esse país faça as pessoas acham que esse país tem direito." Presidente, você... (posso chama-lo de você não é? Pra que tanta formalidade, afinal o senhor pode falar a palavra merda em discursos, chama-lo de você acredito ainda estar dentro do aceitável) a vida não é feita só do doce e do salgado, o amargo e o azedo também fazem bem para o equilíbrio das coisas, se existisse apenas o doce como você gostaria todos nós estaríamos hoje com diabetes.

É importante lembrar também que nessa mesma noite de entrega de prêmios e disparo de bravatas, você presidente reverenciou um azedo também, Cesar Cielo medalhista olímpico e recordista mundial de natação, você foi ao Rio para entregar a ele um prêmio, mas o mesmo Cielo em Pequim 2008 revelou que só conseguiu o ouro olímpico porque foi treinar nos Estados Unidos, já que aqui ele não tinha o apoio necessário. E agora Luiz?

Você também "reclamou" da falta de apoio das empresas na formação de novos talentos, que patrocinar atletas já consagrados é fácil, que na verdade "Ela não está ajudando, ela está explorando a imagem do atleta, eu quero ver é ela pegar o Zezinho aqui de Manguinhos e e transforma-lo em um atleta profissional, num atleta de elite e investir na sua preparação." Ora presidente como assim? E o governo não faz o mesmo? Você tem como ministro o maior arroz de festa do Brasil o Orlando Silva, ele que adora aparecer em todas as festividades de entrega de taças, e medalhas, mas até hoje não se tem uma política esportiva. O governo e o COB também não estariam "explorando a imagem desses atletas?

O Cielo é um bom exemplo disso, e o que falar do futebol feminino, esporte largado as traças por todas as autoridades incopetentes que deveriam ajudar. Chega a ser humilhante o sofrimento que essas meninas passaram e passam até hoje, mas na hora de um título panamericano, de uma medalha de prata olímpica, o que não falta é arroz de festa na hora da premiação,, estou de saco cheio disso.

Como não ficar azedo com notícias de superfaturamento em obras do PAN 2007, orçamento estourado, praças esportivas abandonadas, gasto de quase 1 BILHÃO de reais nas reformas do Maracanã, rejeição das contas do PAN no TCU. Situações bem salgadas para quem vê as coisas tudo tão doce não é?

E voltando a falar dos azedos e da importância deles. Presidente, você foi dos anos 70 pra cá a grande voz dos azedos em nosso país, o Lula sindicalista no ABC paulista não era nada doce, e graças ao seu "azedume" dessa época descobrimos várias coisas ruins que aconteciam. Por que agora tudo tem que ser doce? Lembre-se presidente, aprendemos a ser azedos com você, eu particularmente sou muito grato a isso (e aqui não é nenhum tipo de ironia que fique bem claro).

Então presidente, para termos um sabor mais palatável e verdadeiro e da liberdade de opinião, assim como você pediu na última campanha, deixe também os azedos trabalharem. Afinal, você já foi um de nós.

P.S: Aos lulistas desavisados, não sou partidário tucano e nem da estrela vermelha, já apoiei o Lula na primeira eleição ganha, e por isso sinto-me no direito de elogiar quando merecer e criticar quando for necessário, pois votei nele e tenho esse direito, então não me venham com opiniões partidárias aqui.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Uma vida no proscênio - Salomão Ésper 80 anos


Hoje é dia de falar de alguém que sempre se reinventa, que tem idade acima do que aparenta e que com belas palavras nos alenta.

Hoje é dia de falar de alguém que à nossa vida sempre acrescenta, que com firmeza os comentários apresenta e que tem um bom humor que arrebenta.

Hoje é dia de falar de alguém que sempre mantém a inspiração atenta, a vontade de trabalhar que jamais afugenta e uma sabedoria que a todos alimenta.

Hoje é dia de falar de alguém que sempre tem um gesto que a todos acalenta, um sorriso largo e que só aumenta e piadas carregadas de pimenta.

Hoje é dia de falar de alguém que uma voz forte sustenta, que analisa as mazelas políticas de forma opulenta e que sobre Fórmula 1 nos orienta.

Hoje é dia de falar de alguém que sempre presenteia os amigos com biscoitos distribuídos de maneira benta, que todos os dias traz uma sacola com banana suculenta e até oferece remedinhos para a dor que atormenta.

Mas qualquer coisa que se diga é menos do que ele merece pela história que ostenta. E para qualquer lado que se olhe a rima pede a lembrança de uma data que hoje se salienta.

Parabéns, Salomão Ésper Oitenta! Ah, e quanto ao Corinthians, não esquenta!


Texto de: Haisen Abaki


A Terra do Rádio não poderia deixar de registrar este momento pra lá de especial, os 80 anos do imortal Salomão Ésper, um homem que tem muito orgulho de ser radiojornalista, e que desde os 20 anos dedica sua vida ao meio de comunicação que mais esclarece.

Salomão tem uma história de décadas dentro do Grupo Bandeirantes de Rádio, iniciando nele dentro da Rádio América, e depois nos 840 da Bandeirantes AM. Ele é o criador do Jornal Gente, radiojornal clássico e tradicional do rádio brasileiro que está no ar há mais de 30 décadas. É impossível pensar em Salomão Ésper e não se remeter imediatamente aos nomes de José Paulo de Andrade e Joelmir Betting, que formam no Jornal Gente um trio único a fabuloso do nosso rádio.

Se você gosta de rádio, não pode deixar de ouvir a versão compacto do Jornal da Bandeirantes Gente desde 26 de outubro de 2009 especial em homenagem aos 80 anos do Salomão. Salomão que mesmo aos 80 anos participa todas as manhãs desse radiojornal com uma lucidez e sabedoria invejável.

Confira abaixo trechos do programa, destaque para os recados dos ouvintes, lembranças de toda essa história e a abertura do primeiro Jornal da Bandeirantes Gente apresentado pelo Salomão, programa que veio a substituir o Trabuco, dois dias depois da morte de Vicente Leporace.




Parabéns Salomão Ésper

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

O programa esportivo mais antigo do Brasil é nosso

Mesmo Araçatuba sendo uma cidade sem memória radiofonicamente falando, ela como já dito aqui em postagens anteriores tem uma história riquíssima. E é mais uma delas que a Terra do Rádio tem o orgulho de contar agora.

Ontem, 9 de setembro de 2009, comemoramos os 70 anos da Resenha Esportiva transmitida pela Cultura AM 1340. O programa foi ao ar pela primeira vez em 9 de setembro de 1939, dois dias após a inauguração oficial da PRI 8 Cultura, e desde então não saiu do ar.

São 70 anos ininterruptos no ar. Por isso, acredito eu, que a Resenha seja de fato o programa esportivo mais antigo do rádio brasileiro em atividade. Já fiz algumas pesquisas e não encontrei nenhum outro que estivesse tanto tempo no ar.

Por lá já passaram grandes nomes do rádio araçatubense como Líbero Bezerra de Lima, Vicente de Paulo. Também já passou pelo comando da Resenha Esportiva o grande Fiori Gigliotti na época de sua passagem por Araçatuba.

Atualmente o programa é apresentado por Pedro Pelosi, que já havia comandado o programa no início da década de 80. Durante anos a Resenha teve duas edições, uma às 11:30 e outra às 18:30, hoje temos apenas a edição das 18:30.

Na minha vida a Resenha Esportiva tem uma importância fundamental, pois foi através desse programa lá no final da década de 80 e começo da de 90 que aprendi a ouvir e a acompanhar notícia pelo rádio. E o resultado 20 anos depois está aqui, um 'maluco' que é 'apaixonadamente apaixonado' por rádio. A Resenha tem muita contribuição nisso.

Parabéns a todos que de alguma forma fizeram parte dessa história de 70 anos da Resenha Esportiva. Ao atual comandante Pedro Pelosi, e ao técnico de som Márcio Leandro 'Zaidan'. E para a Cultura AM por ter em sua programação algo tão valioso, torço para que vocês cuidem melhor dessa jóia rara do rádio brasileiro.

Abaixo você pode conferir a edição histórica de ontem.



A Resenha Esportiva pode ser ouvida aqui na região pelos 1340, ou através da internet pelo www.culturaam1340.com.br

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Cultura AM Araçatuba - 70 anos - E a comemoração?


Há 70 anos entrava no ar a PRI 8 de Araçatuba. Os grandes responsáveis pela chegada do rádio na região foram, Dante de Conti, Cajado de Lemos e o senhor Valadão Furquim, na época prefeito de Araçatuba. Inicialmente com o nome de Rádio Noroeste, a primeira rádio araçatubense era transmitida através de alto-falantes espalhados pela praça Rui Barbosa.

Eu poderia ficar aqui por linhas e linhas contando a história dessa rádio histórica e com um potencial fabuloso, que ajudou na construção de Araçatuba, falar de nomes como Líbero Bezerra de Lima, Mário Pavan, Edson "Bolinha" Cury, Pedro Pelosi, J. Batagelo, Fiori Gigliotti, Vicente de Paulo e tantos outros. Mas esse espaço servirá de desabafo e agradecimentos.

Fico completamente indignado com isso, como uma rádio com a história que a Cultura AM de Araçatuba tem, com a sua importância local e regional, que está entre as rádios mais antigas do Brasil, tem a capacidade de não preservar a sua história?

É revoltante saber que nos arquivos da rádio não há um mínimo registro desses momentos. Não sei se é besteira ou paranóia da minha parte, mas será que estou sendo muito chato? Eu gostaria que essa história riquíssima fosse preservada.

Mas se dentro da rádio isso ficou difícil, eu levanto as mãos para o céu para agradecer a um trio de jornalistas que enquanto universitárias, decidiram resgatar a história da Cultura AM em seu Trabalho de Conclusão de Curso. Janaína Carvalho, Jaquelinne Hernandes e Lilian Flores criaram um documentário imperdível, elas foram orientadas pelo professor Paulo Napoli.

Graças a essas pessoas, hoje Araçatuba pode dizer que tem uma parte da sua história radiofônica registrada, isso mostra a importância desse trabalho que elas fizeram. Se você não conhece a história da Cultura AM e do início do rádio araçatubense, confiram abaixo esse trabalho que ficará para sempre,entitulado "Do alto-falante à transmissão digital: Cultura AM 70 anos".



Parabéns meninas e Paulo, e obrigado também pela contribuição.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

A morte do Repórter Voador


Franz Netto, o primeiro repórter aéreo do Brasil, morreu na tarde de ontem (26/08) aos 70 anos, vítima de uma parada cardiorrespiratória. Ele residia atualmente em Marília, interior de São Paulo, e durante anos foi o repórter da Rádio Bandeirantes de São Paulo que sobrevoava a capital Paulista, trazendo de um ângulo ainda não explorado, os acontecimentos do trânsito e do restante da cidade.

Uma das suas mais importantes coberturas de Franz Netto foi a do incêndio no Edifício Joelma no ano de 74 em São Paulo, que deixou 179 mortos e 300 feridos. Ele era conhecido também como o "Abelhudo Cofap" que trazia as notícias direto do céu paulistano.

Atualmente Franz estava na Rádio Dirceu AM de Marília onde apresentava diariamente o Jornal da Cidade. Ao ser anunciado sua morte na tarde de ontem, vários veículos e amigos trataram de propagar a triste informação. A mim notícia chegou através de Alcyr Netto, radialista e jornalista da Rádio Centro Oeste AM de Garça, cidade vizinha de Marília.

Outros profissionais do rádio como Campos Filho e Milton Neves falaram em suas tribunas sobre a perda de Franz Netto. Abaixo você confere a notícia dada por Campos Filho em Marília, e de Milton Neves que contou a forma como conheceu e convivia com o amigo Franz, logo que Milton chegou de Minas para trabalhar na capital paulista. E por fim você acompanhará um trecho da participação do Repórter Voador no programa de Hélio Ribeiro, na década de 70 pela Rádio Bandeirantes AM de São Paulo.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Ela "É Demais"


Depois de muitas dúvidas, questionamentos e mais dúvidas, todas por parte dela claro, chegou o momento onde a dona Natalí Garcelan definitivamente entrou no circuito tão fechado dos apresentadores de rádio da região de Araçatuba.

Com a cara e coragem ela foi um dia à Rua Osvaldo Cruz entregar uma gravação de seu trabalho ao Giuliano Turtle, Diretor Artístico da Cultura FM. É claro que o Giuliano adorou e de imediato tentou segurar esse talento para a sua emissora.

Desde então ela empresta sua voz para o Drops Fique Por Dentro que entra no ar todos os dias dentro do Manhã Demais apresentado pelo Silvinho. Depois passou a gravar alguns comerciais, e o seu primeiro grande desafio foi entrevistar o cantor Billy Paul, ícone da música negra americana. Ela tirou de letra, afinal os vários anos de estudos da língua inglesa tinham que servir para alguma coisa não é verdade?

Depois veio a gravação do especial sobre Michael Jackson ao lado do locutor e diretor artístico Giuliano Turtle, mais uma vez ela mandou super bem, afinal os especiais gravados na época de estágio na Rádio Toledo tinham que servir para alguma coisa não é verdade?

E ontem, quarta-feira 29 de julho a Natalí recebeu a missão de substituir o apresentador Mário Bros no Happy Hour, programa esse já elogiado aqui na Terra do Rádio como o programa mais bem estruturado do FM Regional. Ela não demonstrou em nenhum momento no ar seu nervosismo que conhecendo-a tão bem, eu cravo que ela estava. Conduziu muito bem a entrevista de uma hora, passou as várias notícias na medida certa que devem ser passadas, até os merchans ela transmitiu com sua simpatia ímpar. Ou seja, levou o programa com a maior naturalidade possível, até parecia que comandava o programa há séculos.

De todos os desafios até agora na Cultura esse do Happy Hour é o que ela tinha a maior obrigação de fazer bem, afinal os anos de Tem De Tudo e de O Som da Sua Vida tinham que servir para alguma coisa não é verdade?

No player abaixo você pode conferir a apresentação dela no Happy Hour de ontem (29 de julho) em substituição ao Mário Bros. É claro que nele não contém as músicas e nem os intervalos comerciais.



E ainda tem mais, suas participações dentro do Clássicos da Cultura Edição de Sábado dentro do Fim de Semana Demais. E agora resta saber qual será o próximo desafio de Natalí Garcelan dentro da programação da Cultura FM 95,5 de Araçatuba. Seja qual for, com certeza ela se sairá muito bem, afinal ela já demonstrou que "É Demais" não é verdade?

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Há 74 anos entrava no ar a sua voz, a nossa voz, A Voz do Brasil


7 da noite em Araçatuba, entra no ar um post sobre a sua voz, a nossa voz, A Voz do Brasil!

Antes de você leitor querer começar a pensar em criticar o programa ou desistir da leitura deste texto, é importante salientar que o propósito desta postagem é analisar a importância histórica da Voz do Brasil para o radiojornalismo brasileiro. Não vou me apegar ao reais objetivos de sua criação no Governo Vargas, nem muito menos na chatice que 99,9% da população acha do programa. O fato é que além da sua importância histórica política e jornalística, tecnicamente a Voz do Brasil é um programa de radiojornalismo irretocável.

Vamos entender agora um pouco dessa história que começou em um 22 de julho no ano de 1935 e que contou com a apresentação do locutor carioca Luiz Jatobá. Como já foi dito, a idealização partiu do Governo Vargas, até o ano de 1962 o programa chama-se Hora do Brasil, a partir de então mudou-se para Voz do Brasil. Uma das grandes polêmicas do radiojornal de décadas pra cá é a questão da obrigatoriedade de retransmissão em todas as rádios oficiais brasileiras, essa obrigatoriedade começou em 1938, e de alguns anos pra cá, algumas emissoras do país através de liminares estão tendo a possibilidade de veiculação da Voz do Brasil em horários alternativos.

Em 1995 o programa entrou para o livros dos recordes como o programa de rádio mais antigo do Brasil e do Hemisfério Sul. Ele tem como característica levar aos ouvintes de todo o país as informações do Poder Executivo, 25 anos depois da sua criação passou também a abordar as infomrações do Poder Legislativo.

Serviço de Publicidade da Imprensa Nacional, Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), Agência Nacional, Empresa Brasileira de Notícias (EBN), Radiobrás Empresa Brasileira de Comunicação. Essas foram as Agências e Departamentos responsáveis pela veiculação da Voz do Brasil ao longo desses 74 anos.

Em 1961 o programa deixou de ser produzido e apresentado do Rio de Janeiro, para se transferir para Brasilia, a nova Capital Federal. Ao longo dos tempos a Voz passou por várias transformações, e nem ela que é um órgão oficial do Governo não escapou da censura e retalhação do Regime Militar. Mas nunca foi possível desvincular a Voz dos regimes autoritários, o seu texto difícil, seco, sem muita dinâmica eram marcados com a famosa frase "Em Brasilia 19 horas".

Foi então que a RadioBrás no ano de 1998 decidiu reinventar o programa e o transformou em um radiojronal compatível com qualquer outro radiojornal de emissoras comerciais. A agilidade na locução, textos mais dinâmicos e a preocupação com a sonorização, transformou de vez a Voz em um dos mais bem produzidos radiojornais do Brasil. Em 98 também marcou a chegada de uma voz feminina ao radiojornal quebrando um tabu de 50 anos.

Em 2003 foi que a Voz do Brasil entrou de vez na Era da agilidade deixando a formalidade de lado, indo às ruas com repórteres para ouvir a opinião do cidadão. A Voz deixava então de ser um Diário de voz dos políticos para atender as necessidades do povo brasileiro. Do jeito "pesado" de se transmitir a informação até a célebre frase "Em Brasilia 19 horas", tudo foi abolido, o único sobrevivente desde o 22 de julho de 1935 até os dias atuais é a inigualável música "O Guarani" de Carlos Gomes que embala a Voz do Brasil desde o seu surgimento. ela recebeu ao longo do ano roupagens novas, mas sempre esteve presente em todas as aberturas e encerramentos da Voz do Brasil.

A parceria entre RadioBrás, Rádio Câmara, Rádio Senado e Rádio Justiça unificou de vez todos os poderes e fez com que a Voz do Brasil ficasse cada vez mais completo. Bom, vou ficando por aqui, deixando meus parabéns a editora-chefe da Voz do Brasil, Kátia Sartório que por muitos anos embelezou o programa com sua linda Voz, e agora comanda a equipe. Aos novos apresentadores Luciano Seixas e Edla Lula, aos editores Adriana Franzin, Danielle Popov e Priscila Machado, além do sonoplasta Leleco Santos.

Confesso que se um dia eu for sair de minha cidade para trabalhar com rádio, meu sonho de consumo seria fazer parte da equipe da RadioBrás e colocar no ar todos os dias a Voz do Brasil. Para encerrar gostaria de pedir para você que nunca ouviu, ou odeia a Voz, que depois do que leu aqui, isso se você conseguiu chegar até o final. Ouça abaixo pelo menos os 25 primeiros minutos do programa produzido pela EBC Serviços - Empresa Brasil de Comunicação. E você notará que a Voz do Brasil não perde em nada para nenhum outro radiojornal de emissoras comerciais.



Entre opiniões contra e a favor, uma é certa. A Voz do Brasil nunca causou empecilhos para o desenvolvimento do jornalismo brasileiro.

Formato do programa

· 19:00- 19:25: notícias do Poder Executivo
· 19:25- 19:30: notícias do Judiciário
· 19:30- 19:40: notícias do Senado
· 19:40- 20:00: notícias da Câmara

Toda quarta-feira é apresentado o “minuto TCU”. Tribunal de Contas da União

7 horas em Brasilia, Boa noite!

domingo, 21 de junho de 2009

39 anos da maior seleção da história


Há 39 anos o Brasil consquistava no México o Tri Campeonato Mundial de Futebol, foi uma preparação conturbada, com troca de técnico nas Eliminatórias onde João Saldanha foi retirado do comando para a chegada de Mário Jorge Lobo Zagallo.

No México várias alterações na equipe e posicionamento dentro de campo transformaram a seleção brasileira em ataque puro formado pelos maiores camisas 10 do futebol brasileiro na época. Rivellino 10 do Corinthians, Pelé 10 do Santos, Jairzinho 10 do Botafogo, Gérson 10 do São Paulo e Tostão 10 do Cruzeiro.
A equipe titular, um verdadeiro esquadrão veio para apagar definitivamente a trágica campanha na Inglaterra em 1966 onde o Brasil devido à desorganização da CBD - Confederação Brasileira de Desportos -. Na minha opinião a escalação titular da Copa de 70 com Félix, Carlos Alberto Torres, Piazza, Brito, Everaldo, Clodoaldo, Gérson, Rivellino, Pelé, Tostão e Jairzinho, deveria ser disciplina obrigatória nas escolas de todo o país, pois essa equipe se transformou na maior seleção e time da história do futebol mundial.

Ela venceu a Copa de 70 de forma invicta, e se não bastasse sendo invicta, venceu derrotando todos os seus adversários, e o craque Jairzinho entrou para a história também como único atleta a marcar gols em todos os jogos de uma Copa do Mundo, fato que rendeu a ele o apelido de Furacão da Copa.

A final foi contra a poderosa Itália, mas o esquadrão brasileiro não deu a menor chance aos italianos e goleou por sonoros 4 a 1.

A cobertura da imprensa nessa Copa foi marcada pelos pool de rádios e televisões que transmitiram o evento, como a tecnologia ainda não estava tão avançada várias rádios e tvs do Brasil se uniram para realizar uma mesma transmissão, as equipes trabalhando em conjunto.

O que selecionei para vocês leitores da Terra do Rádio foi alguns dos gols narrados naquela campanha pela equipe da Rádio Globo, as vozes que vocês ouvirão abaixo é de ninguém mais, ninguém menos que Waldir Amaral e Jorge Curi, ícones da história do rádio brasileiro em transmissões futebolísticas.



Aqui vocês podem conferir um especial feito por Ricardo Acampora editor da BBC Brasil que conta em mais detalhes a história da Copa do Méximo. É um áudio que vocês não podem perder de forma alguma, pois nele temos além da história dessa Copa, envolvimentos políticos da época da ditadura e depoimentos de altetas e quem fez parte daquela história, além da narração de vários gols, uma verdadeira aula de uma parte da história do Brasil, simplesmente imperdível.



Abaixo vocês podem conferir a relação completa dos atletas brasileiros na Copa de 70, e todos os resultados da Seleção naquela campanha.

Seleção brasileira:

Félix, Ado, Leão, Carlos Alberto, Zé Maria, Brito, Baldochi, Fontana, Wilson Piazza, Everaldo, Marco Antônio, Clodoaldo, Joel, Rivelino, Gerson, Jairzinho, Paulo César, Pelé, Dario, Tostão, Roberto e Edu.

"Todos juntos vamos pra frente Brasil, Brasil, do meu coração"

Resultados:

Grupo 3:

Brasil 4 X 1 Tchecoslováquia
Brasil 1 X 0 Inglaterra
Brasil 3 X 2 Romênia

Quartas-de-final:
Brasil 4 X 2 Peru

Semifinal:
Brasil 3 X 1 Uruguai

Final:
Brasil 4 X 1 Itália

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Nem tudo está perdido: O que seria do futebol sem a África do Sul?


Quem acompanha o futebol está cansado de ouvir que ele virou mais negócio que esporte, as cifras astronômicas na venda e compra de jogadores, os interesses dos cartolas, os jogadores tão preocupados com seus altos salários, tudo isso contribui para essa famigerada exploração do esporte paixão mundial.

Por aqui os jogos de perdem cada vez mais a sua emoção, tornam-se destaque quando há alguma tragédia, briga dentro ou fora das quatro linhas. Mas o espetáculo, ah esse fica cada vez mais no passado. Quem não se lembra do carnaval protagonizado pela seleção na suiça Wiggis dias antes da estreia na Copa do Mundo da Alemanha? Sem dúvidas uma das maiores bizarrices da história do futebol brasileiro.

É por situações como as citadas acima que para mim o futebol perde cada vez mais o seu encanto, mas lá no fundo algo ainda me faz acreditar na importância humanitária que o futebol tem ainda dentro do século XXI.

Como é sabido, este espaço é destinado aos assuntos radiofônicos, mas me senti na obrigação de fazer esta postagem sobre esse assunto que nada tem a ver com rádio, pois, pelo menos para mim tão descrente da mágia do futebol, consegui resgatá-la um pouco na matéria feita pelo repórter da ESPN BRASIL, André Plihal na cidade de
Bloemfontein, na África do Sul, local onde a Seleção Brasileira fez seu primeiro treino em preparação para a estreia na Copa das Confederações.

Com entrada livre os moradores de uma das regiões mais carentes da África do Sul proporcionaram nas arquibancadas do estádio Seisa Ramobodu uma das cenas mais comoventes das últimas décadas do futebol mundial. 3 mil torcedores lotaram as arquibancadas e deram um show de simpatia e felicidade, os jogadores ao presenciarem tal cena, foram ao encontro da torcida e os aplaudiram, após a bela torcida africana gritar os nomes dos joagdores brasileiros.

Não tenho mais capacidade "letral" para descrever tal cena, portanto acho melhor vocês acompanharem a matéria de André Plihal e as imagens capturadas pela lente da ESPN BRASIL. Só espero que as seleções presentes nessa Copa das Confederações saibam aproveitar e retribuir todo esse carinho.



Tudo isso me faz crer que nem tudo no futebol está perdido.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Há 3 anos fechavam-se as cortinas torcida brasileira


No dia 8 de junho de 2006 o rádio esportivo brasileiro perdia o seu mais romântico locutor esportivo, Fiori Gigliotti, o moço de Barra Bonita nos deixou aos 77 anos e foi morar no céu. Desde então as cortinas do espetáculo nunca mais se abriram com tanta magia e encantamento, ele que sempre encerrava suas jornadas esportivas com o quadro "Cantinho de Saudade" onde de uma forma bem poética homenageava os jogadores já falecidos, agora recebe a nossa homenagem.

Aos 19 anos o garoto Fiori dava seus primeiros passos no rádio na cidade de Lins interior de Sâo Paulo na Lins Rádio Clube, ele pasosu também aqui por Araçatuba onde narrava pela Cultura AM 1340 as partidas do São Paulo de Araçatuba, e comandava o programa esportivo Resenha Esportiva.

Fiori fez parte de uma estirpe rara de locutores esportivos, um tipo de locutor que provavelmente não encontraremos mais no rádio brasileiro, Fiori foi único, será único. Foram 13 Copas do Mundo que contaram com sua genialidade, pelas grandes rádios de São Paulo ele passou por Jovem Pan, Bandeirantes, Record, Tupi e Capital.

Foi um mestre também na criação de bordões, quem nunca ouviu "Apita o árbitro e abrem-se as cortinas torcida brasileira", ou então "O teeeemmmmpooooo paaaassaaaa", "Seguuuura com firmeza". Com certeza se você não ouviu alguns desses bordões do próprio Fiori, já ouviu alguém reproduzindo, pois são frases que estão eternizadas no rádio brasileiro.

Eu nunca fui de ficar abalado ou estérico ao ver e encontrar alguma personalidade importante, um ídolo, ou algo do gênero, sempre consegui tratar a situação com a maior naturalidade possível. Mas naquele maio de 2004 quando Fiori Gigliotti esteve no Centro Universitário Toledo para uma conversa com os alunos de jornalismo foi tudo diferente.

Quando a nossa coordenadora Rosangela Marçolla trouxe o Fiori ao meu encontro para conversarmos, pois ela sabia da minha admiração por ele, tive ali um dos melhores momentos da minha vida, mas minutos depois senti também um dos piores. Fiquei completamente travado, paralizado, não conseguia conversar com ele, as únicas palavras que sairam da minha boca foram "Não acredito que este momento está acontecendo" todo arrepiado ainda disse "Obrigado por tudo, obrigado por ser quem você é", depois disso não saiu mais nada, não me perdoo por isso até hoje, tive ali na frente a chance de ter uma baita conversa com Fiori Gigliotti e não consegui falar.

Mas se as palavras não sairam, uma coisa eu posso dizer. Eu dei um abraço em Fiori Gigliotti.

Outra alegria é ter tido uma entrevista dele ao nosso Diário Toledo, a reportagem na época foi feita por João de Paula e vocês podem conferir abaixo.



Muitas homenagens foram e serão feitas esta semana para o Poeta da Bola, uma delas vocês podem conferir abaixo na homenagem da Rádio Capital e de Adriano Barbiero ao nosso Fiori.



Ele foi embora torcida brasileira, empobrecendo os estádios, os espetáculos e deixando tristeza e deixando saudade. Ele não pode ser esquecido, ele merece ser lembrado, vai ficar por todo o sempre incrustado na ternura e na sinceridade do nosso Cantinho de Saudade.

terça-feira, 26 de maio de 2009

O Dom Juan da Rádio Toledo


Cláudio Henrique, este é o nome. Entrou para a Equipe UniToledo no último processo seletivo oficial realizado no ano de 2007, era setembro daquele ano onde em caráter de emergência a equipe precisou ser reforçada.

O Cláudio destacou logo de início pelo seu engajamento político, mostrando uma envolvimento por esta questão o que o levou a belos comentários dentro dos nossos programas diurnos. Ele se empenhava também nas questões sociais onde passou a comandar o Espaço UniToledo Cidadania e tempos depois o programa Boas Notícias.

Mas foi mesmo o seu ar galanteador que cativou várias de nossas ouvintes por todo esse Brasil. O nosso Dom Juan foi sem dúvidas o membro mais apaixonado que a Equipe UniToledo já conheceu. Mas posso garantir também que não foi apenas pelas nossas ouvintes que ele tanto se apaixonou, se apaixonou também pelo trabalho, superou limitações e dificuldades conseguia depois de um tempo segurar a rádio uma manhã toda no ar em momentos que eu não podia estar presente.

Mais prova da paixão do Dom Cláudio foi logo no seu primeiro dia após sua aprovação. Quando perguntei se tinha algo que gostaria de saber antes de começarmos os trabalhos ele foi direto. "Vamos para a Expô ano que vem?" Ele passou 1 meses me perguntando isso pelo menos uma vez por semana até chegar o grande dia da estreia na Expô 2008, era com certeza o mais empolgado da equipe.

O resultado dela não poderia ter sido outro a não ser fantástico, com o nosso uniforme homenageando a Seleção de 58 que completou 50 anos do primeiro título mundial de futebol pelo Brasil, fomos de azul para a nossa Copa do Mundo.

Na volta da nossa Copa do Mundo uma tarefa, ou melhor, um grande presente resolvi dar o Dom Cláudio. Como já dito no início do texto, um adorador do ambiente político, e todos nós vivendo o clima de eleições municipais, decidi criar um programa onde entrevistariamos os candidatos a prefeitura e vice da cidade de Araçatuba.

Já em agosto começou o processo de formulação do programa e a sua produção. Coloquei o Dom Cláudio na linha de frente como o principal responsável pelo contato com asssessores e candidatos, montagem do roteiro, afinal era uma oportunidade única para ele em desenvolver algo que gosta tanto e estar em contato com os principais nomes políticos da cidade naquele período.

O resultado foi magnífico, apesar do controle total dele, tivemos a participação de todos da Equipe UniToledo e com certeza foi um aprendizado para todos nós. Algumas semanas depois chegaria o nosso último grande desafio, produzir uma reportagem que seria enviada para o Prêmio UDOP de Jornalismo, o resultado? Conquistamos a categoria rádio como melhor reportagem brasileira sobre o assunto bioenergia realizado no Brasil em 2008.

Com o fim da equipe em novembro de 2008 comecei a procurar algo onde poderia encaixar os sobreviventes da equipe, algo estava praticamente certo para o Dom Cláudio para o começo de 2009, mas antes disso ele conseguiu seu lugar na Folha da Região onde vem desempenhado um ótimo trabalho.

A minha felicidade em ter contato com esse rapaz na equipe é algo fora do comum, pois é sempre bom saber que temos alguém em nosso lado que podemos contar a todo momento, e o Dom Cláudio sem dúvida alguma foi uma dessas pessoas.

Ele também nos deixou um relato emocionante sobre a sua passagem pela Rádio Toledo.



segunda-feira, 25 de maio de 2009

1000 Pacotes de risada


Eu juro que tentei, juro mesmo, mas foi humanamente impossível desassociar a imagem de Rafael Ferreira de uma pessoa cômica. O que ele é no dia-a-dia ele era no ar, sempre arrumava um jeito de brincar ou tirar um sarro seja qual situação fosse, por mais trágica que fosse.

Ele se destacou legal nas produções do Tem de Tudo, mas eu tinha muito trabalho quando ia ao ar e além de policiar suas brincadeiras, precisava ficar de olho nas palavras que ele não dizia corretamente.

Algumas vezes deram certo, outras nem tanto, mas uma coisa que não dava pra negar era a força de vontade que ele tinha em superar muitas dificuldades para estar ali com a gente.

No final de 2007 ele teve que deixar a equipe e automaticamente o curso pois a situação ficou complicada, expemplo do que ocorreu com o Willian em 2006. Mas ele vem nos visitar sempre que pode, e ainda com a promessa de voltar ao curso assim que a situação financeira de estabilizar novamente.

Fica aqui a nossa torcida para que isso ocorra o quanto antes, e quando você voltar Rafa saiba que os seus 1000 pacotes estarão lhe esperando.

domingo, 24 de maio de 2009

Essa Joiá Rara é demais


A minha admiração pela dona Natalí Garcelan chegou antes mesmo dela adentrar aos bancos universitários. Quando soube que tinha passado no vestibular fez questão de se apresentar na comunidade do Curso no orkut, e aquela animação toda acabou me chamando a atenção.

Ficamos conversando pro msn por uns 2 meses e meio antes de começar as aulas, e eu já pensava "essa moça seria uma peça perfeita para a Equipe UniToledo" mas o primeiro ano ela ainda trabalhava, estudava inglês e praticamente se matava com as provas e trabalhos do curso, teve uma época que pensei que ela iria pifar. Ela estava se prejudicando de tanto estudar, pode parecer maluco isso mas é a mais pura verdade.

Chegamos então no ano de 2007 e o processo seletivo onde a Natalí estava decidida a fazer algum tipo de estágio. Ela estava suepr divivida para qual lugar tentar, rádio ou tv? Que dúvida cruel, eu claro torcendo em silêncio para que ela entrasse na Rádio Toledo, isso acabou acontecendo muito por conta o senhor Márcio Bracioli que a convenceu disso.

No teste que ela fez era impossível não notar que ali tinhamos uma jóia rara, nem o Zeca Baleiro foi capaz de derruba-la. Ela entrou e junto com Diego Fernandes formou a dupla mais harmoniosa que a Rádio Toledo já conheceu.

O empenho dessa mocinha dentro da equipe algumas vezes se tornou motivo de preocupação, ela era capaz de vir muito doente, com febre, não tinha limites. Lembro-me que numa sexta-feira a noite sentei com ela e com o Diego para criamos a estrutura do programa que eles iriam apresentar, em 15 minutos de conversa tinhamos definido tudo que aconteceria no Tem de Tudo de segunda a sexta com duas horas de duração.

Quando perguntados se eles teriam condições de já estrear na segunda ou se queriam uma semana pra ensaiar, eles foram diretos, "não, começamos na segunda mesmo não precisa de ensaio não" e assim ocorreu, nascia a primeira revista eletrônica da webradio brasileira.

Com a Natalí não tinha tempo ruim, sempre fazia muito mais do que era necessário, as vezes eu tinha que frea-la senão ela gostaria de abraçar o mundo, uma grande virtude que até os dias de hoje ainda vem sendo também um dos seus defeitos.

Outro defeito que ela tem é o de achar que tudo e todos maravilhosos, as melhores pessoas do mundo. Ela ainda daria muita cabeçada na profissão por causa dessa inocência ou podemos dizer boa vontade para com todos. O mundo real não é assim e ela aos poucos está percebendo isso.

O reflexo dessa super dedicação foi refletida nos quase dois anos de Tem de Tudo, nas coebrturas da Expô 2007 e 2008, a reportagem do Prêmio Udop de Jornalismo. O que posso dizer da Natalí é que mesmo sem ter terminado a faculdade ela já é uma jornailsta formada, apenas esperando para pegar seu diploma.

E será uma profissional requisitada por muitos, pois quem realmente gosta de um bom trabalho, automaticamente precisa contar com os serviços de Natalí Garcelan. Depois da Rádio Toledo ela já passou pela Udop e pela Folha da Região.

Confira o relato dela sobre o tempo de Equipe UniToledo.



Nah, só posso dizer uma coisa neste momento pra você e acho que vai entender, espero que entenda mesmo eheehhe. Natalí você é demais!

sábado, 23 de maio de 2009

O reforço de última hora


Com a saída do Willian no segundo semestre de 2006 a Equipe UniToledo voltou a ficar desfalcada, mas de última hora tivemos a grata chegada de duas pessoas que estavam terminando o curso no final do ano. Tratava-se de Anne Caroline e Eduardo Kotaki, o Eduardo já havia feito algumas participações na Rádio Toledo emprestando a sua voz em 2004 para o radiodocumentário sobre a criação Instituto Afonso Toledo, era o primeiro trabalho do programa Histórias para o Rádio contar.

A experiência de ambos já as portas de concluir o curso cairam como uma luva no andamento do trabalho naqueles semestre, eles pareciam estar ali de longa data e o entrosamento com o restante da equipe foi imediato.

Apesar de ser um apaixonado por TV o Kotaki tem uma presença para o rádio de muito valor, se fosse explorada mais por ele, com certeza o rádio regional ganharia um profissional de mão cheia.

Para o Kotaki pouco foi preciso ensinar, ele já chegou um profissional praticamente pronto, eu só tenho a agradecer a ele e a Anne por terem nos ajudado naquele segundo semestre de 2006, um semestre completamente corrido para eles com a produção do TCC, mas que ainda arrumaram um tempo em se dedicar ao trabalho da Equipe UniToledo.

Ouçam o que o Kataki disse sobre a sua passagem pela Rádio Toledo.



Muito obrigado pela ajuda Kotaki.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

O meteórico fera em edição


O grande barato do trabalho que faço é conseguir desenvolver habilidades nas pessoas que chegam até a Rádio. Mas com o Willian Bortoluci essa história foi um pouco diferente. Quando do processo seletivo de 2006 começou em sua ficha de inscrição estava o interesse pela edição, era a primeira vez que alguém se interessava em entrar na rádio para trabalhar com edição.

Não foi nem preciso apresenta-lo ao forge e ao vegas, já eram praticamente amigos intímos, e já nos seus primeiros trabalhos a constatação, não era necessário ensina-lo a mexer com os programas, o rapaz já sabia tudo e um pouco mais, na verdade ele quem passou a me ensinar várias coisas que eu não conhecia dentro dos programas.

O que restava a fazer mesmo era lhe passar técnicas jornalísticas para auxilia-lo na melhor forma de montar as matérias e os programas. Mas é claro que le não passaria pela Rádio Toledo sem desenvolver também seu lado produtor, repórter e apresentador, afinal nem eu tinha escapado disso, não seria o Willian que escaparia.

Ele ficava muito retraido no ar, falava baixo, não desenvolvia, mas depois que se acostumou era dificil fazer para-lo de falar. A prova maior disso foi na Expô 2006 o rapaz se empolgou tanto que falava mais que o homem cobra.

Mas infelizmente a sua passagem pela Rádio Toledo foi meteórica, logo após a Expô ele se despediu da Equipe UniToledo pois precisava ir trabalhar para pagar a faculdade, pois a bolsa que tinha pela rádio era insuficiente.

Foi triste perder uma pessoa que estava crescendo muito. Algum tempo depois ele também deixou o curso pois a situação havia se complicado ainda mais. Espero que ele volte em breve para concluir seu curso, pois com o talento que tem será um bom jornalista.

Confira o que ele disse sobre sua rápida passagem pela Rádio Toledo.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Um fofinho cabeça dura


O ano de 2006 tinha chegado, e com ele várias incertezas em relação ao andamento da Equipe UniToledo para aquela temporada. A saída de várias pessoas da equipe e a demora para a chegada das peças de reposição fizeram com que a minha preocupação em relação as atividades ficassem fortes.

Mas já bem perto do término do primeiro semestre contamos com a chegada de duas pessoas para fortalecer a equipe, uma dessas pessoas era e ainda é uma peça muito rara, o senhor Márcio Bracioli. Ele estava em seu primeiro ano e o nosso contato era pouco, em sua maioria através da internet.

Nesses contatos prévios através do msn eu já consegui detectar que se tratava de um rapaz instável, aquilo que podemos chamar de "8 ou 80", mas também era detentor de uma habilidade rara capaz de assimiliar e desempenhar uma função três vezes mais rápido que o normal.

Ao perceber isso, pronto, tinha chegado o desafio para as próximas temporadas que eu tanto estava esperando. Para a minha surpresa quando o processo seletivo foi aberto o Bracioli optou pela Rádio Toledo, e claro que o aceitei de imediato, eu tinha o desafio ali mais perto de mim.

Já em seu primeiro dia notei que o desafio era um dos mais complicados até então, não pelo fato de conseguir mostrar e desenvolver nele as técnicas básicas do jornalismo, mas sim controlar seu espírito brincalhão. Para se ter uma ideia, nesse primeiro dia onde não conhecia praticamente ninguém, além do Alex e do Diego de vista lá em Birigui, ele já estava tirando onda, fazendo gracinhas e pregando peças no restante da Equipe UniToledo. Quem olhava achava que ele era o veterano por ali e os outros os novatos.

A sorte estava lançada, e o desafio havia começado. Durante todo o tempo em que esteve na Equipe UniToledo ele evoluiu, poderia ter sido mais, só não foi porque ele não se deixou evoluir. Ali dentro ele mostrou seu conhecimento em vários assuntos, o que contribuido por demais com os nossos programas, mas o espírito brincalhão dele sempre dava um jeito de aparecer e atrapalhar o belo trabalho que fazia.

Como eu ficava irritado quando essas coisas aconteciam, principalmente quando ele dava uma opinião em que eu tinha a certeza que não era pra valer, era apenas para contrariar, ser do contra pelo simples fato de chamar a atenção. Esse foi um dos motivos da nossa primeira grande conversa séria.

Ele sempre sentiu uma necessidade tremenda de chamar a atenção pra si, bem no estilo CQC - Custe o Que Custar, e claro, esse não era o melhor caminho, ele poderia a qualquer momento jogar por terra todo o talento que tem. Nessa conversa foi a primeira vez que conheci o lado "80" do Márcio, onde aquilo o marcou profundamente e nos dias seguintes ele se tornou um rapaz quieto, sério e muuuuuuuuitoooooooooooooo rabugento. Definitivamente ele não conseguia encontrar um meio termo, entrou de carona na montanha russa da Rafaela, mas em uma velocidade menor.

Isso acabou rendendo uma série de conversas sérias com ele já o preparando para o que era inevitável, a sua ida de fato para o mercado de trabalho. Ele precisava mudar, encontrar o meio termo senão seria engolido pelo "monstro" do mercado de trabalho. Foi então que em 2008 o inevitável aconteceu, ele foi chamado para a Folha da Região, local onde precisaria muito encontrar o meio termo e parece finalmente ter encontrado.

Ele ainda está por lá, e tento acompanhar o passos dele sempre que possível, vem fazendo um ótimo trabalho com o site de notícias do jornal, algo que ele consegue por suas habilidades levar com os pés nas costas. E muita coisa boa pra ele ainda estar por vir.

No tempo em que ele esteve aqui o grande desafio foi conseguir centra-lo, ois as outras atividades quando explicadas ele entendia bem rápido. Espero que as conversas que ainda continuam estejam de fato surtindo efeito.

Ele também passou por aqui e vocês podem conferir dele mesmo vários desses momentos pela Equipe UniToledo, confiram no player abaixo.



Ahhh e você queria tanto saber quem me deu mais trabalho por aqui nesses anos todos, se foi você ou o Alex. Bom, como você ainda se "orgulha" tanto disso hehehehe vou lhe dar esse título ok? E isso só vai me fazer pegar para sempre no seu pé.

Boa sorte pra você fofinho, e claro como não poderia deixar de terminar lhe pedindo isso, mutio juízo também.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

A grande prova de confiança


Hoje eu falo de uma pessoa que marcou a sua passagem por aqui de uma forma bem intensa. Era praticamente uma montanha russa quando o assunto era o seu estado de espírito, assim era Rafaela Giomo Avelhaneda dentro da Rádio Toledo.

Mas o que esteve sempre em alta era a intensidade em que ela se dedicava ao trabalho desempenhado por aqui. Quando aconteceu o processo seletivo pelo qual a Rafa participou em 2005, ela estava no segundo ano da faculdade, até então tinhamos tido pouquíssimos contatos e a visão que tinha dela era de uma pessoa com personalidade forte, incompreendida muitas vezes e que precisava se encontrar dentro do curso.

Talento a Rafa demonstrou e demonstra até hoje que sempre teve, o que ela mais precisava na época era de um lugar onde ela se sentisse e fosse importante, e isso posso garantir que ela foi desde o primeiro momento até o seu último dia dentro da Equipe UniToledo.

Uma de suas grandes virtudes é o fato de aceitar e encarar quaisquer desafios por mais malucos que poderiam parecer. Na época do Diário eu procurava destinar a ela as pautas mais difíceis e complicadas porque eu sabia ela não aceitaria voltar com o gravador mudo e iria conseguir de qualquer forma um bom material.

Sei que ela muitas vezes quis me matar por isso, e o fato aceitar os desafios não significava que ela as vezes não ficava com "sangue nos olhos" por isso, mas que ela desenvolvia a função, ah desenvolvia sim. Isso acabou sendo mais um dos treinos para um futuro próximo para ela, pois alguns anos depois ela tinha desafios ainda mais "cabeludos" para realizar. Ou vocês acham que mediar um debate sobre "Aplicação do Laboratório de Lubrificantes em Manutenção Automotiva e Industrial e seus Recentes Desenvolvimentos" é uma tarefa fácil? Acredito que hoje ela sinta falta das missões malucas que eram destinadas a ela aqui na Rádio Toledo.

A Rafa foi a primeira pessoa da Equipe UniToledo a conquistar um fã clube dentro da iRadio, quando ela não entrava no ar logo as oito da manhã chovia de recados perguntando por ela, mesmo nós falando que ela naquele dia entraria a partir das dez da manhã as pessoas queriam ela logo cedo e até que se possível ficasse as cinco horas diretas no ar da nossa programação.

Era tudo o que ela precisava, se sentir querida pelo trabalho que fazia, e se sentir importante dentro de um processo de trabalho, a partir daí o meu trabalho estava encaminhado, era só controlar a montanha russa de humor da baixinha que o resto ela já ia fazendo por conta própria. Ela conduzia a produção e organização de seus programas com um envolvimento encantador, sinto muita saudade dessa época.

No começo de 2007 aconteceu aquilo que era inevitável, a sua saída para ajudar na criação de um novo projeto, assim como ela fez aqui na Rádio Toledo em 2005. Ela se transferiu para a UDOP para iniciar a equipe de comunicação da empresa que estava crescendo a cada dia.

O que vou dizer agora não tem o objetivo de desmerecer aos meus grandes companheiros nesses sete anos de Rádio Toledo, mas mais abaixo vou explicar o motivo e acredito que vocês vão entender o por que. Quando eu soube dessa vaga que estava sendo aberta na UDOP o primeiro nome que pensei foi no dela, a Ayne Salviano então coordenadora do Curso acabou pensando o mesmo e fez uma excelente recomendação da Rafa para os representantes da UDOP.

A Rafa apesar da empolgação no começo ficou um pouco receosa pois iria trabalhar com TV, algo que nunca tinha mexido ainda, mas eu falei pra ela que a única diferença principal era a questão da imagem, pois a parte de produção e reportagem ela tiraria de letra pela forma como já fazia o seu trabalho por aqui.

E claro, ela conseguiu. E foi aí que senti pela primeira vez dois sentimentos distintos ao mesmo tempo. A felicidade extrema por ela ter conseguido algo tão importante, era a comprovação daquilo que constatei lá em 2005, e a tristeza pela equipe perder alguém tão importante e especial, confesso que fiquei alguns dias sem saber como agir, mas claro tinha total noção da importância que tinha para ela essa nova fase.

Agora vou explicar o por que dessa conquista e saída da Rafa tenha sido uma das mais marcantes para mim, mas para isso preciso voltar lá em 2005 e em algo que falei na postagem sobre o Alex e que ficaria explicado no dia de hoje.

Quando aquela turma de estágio entrou naquele ano, tinhamos acertado com uma pessoa um número X de bolsas que seriam destinadas aos membros da rádio, em cima disso é que o processo seletivo foi feito e o número de vagas abertas. Acontece que depois do processo realizado e as pessoas já terem começado a trabalhar a regra do jogo foi arbitrariamente mudada e o número de bolsas que inicialmente era de 6 passou inexplicavelmente para 2.

O drama tomou conta de mim, como eu iria explicar para eles: Alex, Diego, Eduardo e Rafaela, que os quatro não teriam mais a bolsa prometida no processo seletivo? Aquilo me tirou o sono por várias noites, até que a primeira nobre atitude foi tomada por uma ex membro da Equipe UniToledo, a Gisele Castro que naquele ano tinha transferido seu estágio para a TV Toledo, e ao saber da situação, em uma atitude que nunca vou me esquecer teve generosidade em transferir a sua bolsa para a Rádio.

A minha preocupação maior no momento era com o Eduardo que tinha deixado Auriflama para morar aqui por causa do estágio, como eu iria falar pra ele, que ele não teria mais a bolsa e teria de voltar para Auriflama? Mas graças a Gisele acabei transferindo a bolsa dela para o Eduardo, era um problema resolvido, mas eu ainda tinha outros três.

E esses três não consegui mesmo resolver, até que chegou o momento de comunicá-los do desastre. Foi então que obtive dos três a maior prova de confiança da minha vida. Eles de coração entenderam a situação e mesmo assim disseram que não iriam abandonar o barco, iria sim ser complicado para eles, mas pelo aprendizado que poderiam ter aqui eles compraram essa briga junto comigo, e um briga complicada porque a pressão que tiveram em suas casas não foi nada fácil.

No caso do Alex e do Diego, eles vinham de Birigui, pegavam ônibus todos os dias de manhã, tiravam dinheiro do bolso para fazer o estágio, quantas não foram as vezes em que eles chegaram completamente molhados aqui, pois até debaixo de chuva eles vinham. E a Rafa que foi a que mais sofreu com as pressões em casa, atravessava a cidade de bicicleta e as vezes a pé para chegar aqui, quando não gastava dinheiro com mototaxi.

Como eu disse, foi a maior prova que alguém já me deu na vida, e agora eu pergunto: Como não se emocionar de forma especial com o sucesso dessas três pessoas? Como não ficar feliz? No caso da Rafa ainda mais, eu sei que não foi nada fácil em casa para o Alex e para o Diego, mas para ela foi barra pesada eu acompanhei isso, ela comprou de fato essa briga com a família para continuar aqui, e o resultado é visto agora.

Vocês podem ouvir também abaixo as palavras dela como foi a sua passagem pela Equipe UniToledo.



Agora me digam uma coisa: Não é de se orgulhar em ver uma foto como a desta postagem? E depois disso só me resta dizer uma coisa, como diria Alex Brasileiro e Falcão: "Valeu a pena"!

terça-feira, 19 de maio de 2009

O nosso jornalista alternativo


Nesses anos todos envolvido com jornalismo confesso nunca ter visto alguém com tanta habilidade e conhecimento para falar de música como o Eduardo Martinez. É impressionante a facilidade que ele tem para informar e comentar sobre os mínimos detalhes do mundo musical.

Entrou na Rádio Toledo em 2005 e a sua chegada era esperada desde 2004, momento em que ele se destacou na SecomT daquele ano. Mostrando-se uma pessoa inteligente e disposta trabalhar, ele logo de início já foi desenvolvendo as atividades sem nenhuma dificuldade, praticamente não errava e a maioria das suas falas eram gravadas de primeira.

Na Era dos Espaços UniToledo deu um show de informação sobre música e cinema, o que já o credenciava com capacidade de estar em qualquer veículo segmentado de ambos os assuntos. Em pouco tempo novos desafios surgiam para ele, e a produção e apresentação de um talk show musical com personagens locais foi um desses desafios no muito bem elaboradora Musicália.

Em 2006 estreou o seu programa dos sonhos, o Programa de Indie, destinado ao rock alternativo, um programa que voltou agora em 2009 e é feito com a competência habitual de sempre. Por três anos também o Eduardo ancorou o Portal iRadio, tradicional programa da iRadio que tem como objetivo mostrar os novos talentos do cenário musical brasileiro que ainda não têm o espaço merecido nas mídias tradicionais.

Ter contado com os serviços da Eduardo na Rádio Toledo foi uma das coisas mais gratificantes para mim, pois como sempre falei, ele é daquele tipo de pessoa que a gente mais aprende do que ensina estando ao seu lado.

O Eduardo saiu oficialmente da rádio no final de 2006 quando merecidamente conquistou a vaga de estágio no SESI de Birigui, mas mesmo assim não deixou de fazer pelo menos uma vez por semana sua participação na Rádio Toledo através do Portal iRadio. Depois quando se formou e foi trabalhar no Sistema Araújo de Comunicação em Auriflama, e agora que faz parte da equipe de jornalistas da UDOP sempre está presente na rádio todas as segundas e quartas fazendo o seu Programa de Indie ao vivo.

Confira agora o que disse Eduardo Martinez ao comentar a sua história aqui dentro da Rádio Toledo.



Só tenho a agradecer ao Eduardo por ter escolhido a Rádio Toledo em 2006 diante das outras oportunidades que ele tinha na época, sinto-me de fato honrado com a escolha e a Equipe UniToledo agradece também.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

O craque da Rádio Toledo


Toda equipe que se preze tem em sua história aquele craque considerado o grande ídolo de todos os tempos, e com a Equipe UniToledo não é diferente. Diego Fernandes dentre muitos que já passaram por aqui é sem dúvidas o grande craque que a Rádio Toledo já teve.

Ele é responsável pelo recorde de permanência na Equipe, foram quatros produtivos anos onde aprendeu e ensinou muita coisa. Vamos voltar ao ano de 2005 onde ele participou do mesmo processo seletivo que o Alex Brasileiro. Ao ser chamado na sala o nome Diego Fernandes de Matos Rodrigues levanta um garoto com cara de colegial vestindo a camiseta do Real Madrid, sendo assim quando ele se sentou para conversa com os membros da avaliação a pergunta foi inevitável "você é fã do Luxemburgo? Por que se for não vai entrar aqui não", é claro que não passava de uma pequena brincadeira de minha parte para descontrair um pouco o ambiente.

O Diego foi um dos aprovados naquele ano e no início dos trabalhos por aqui era um rapaz quieto por demais, e com uma vontade incrível de aprender superando assim qualquer tipo de timidez que havia dentro dele. Começou como repórter do Diário Toledo e entrou em algumas enrascadas no início, enrascadas essas que todo repórter está sujeito e pensando melhor agora acho que já era presságio para o excelente repórter esportivo que ele viria se tornar, mas isso é assunto para daqui a pouco.

Ainda dentro do Diário o coloquei para apresentar algumas edições do radiojornal, e só alguns anos depois em um de nossas várias conversas que ele me confidenciou que tinha muita vontade de apresentar o jornal, mas não tinha coragem de pedir. A sua capacidade de armazenar informações passou a ser um grande destaque entre suas qualidades e isso o ajudou muito na formação.

No começo do texto falei sobre o recorde de permanência na equipe que o Diego conquistou, mas ele também conseguiu uma outra marca importante. Conseguiu participar de todos os programas possíveis e imagináveis dentro da Rádio Toledo, um exemplo disso é através do cinema, ele que até ter entrado na rádio não tinha visto mais que cinco filmes inteiros na vida, hoje é um grande entendedor do assunto, e se deixar ele fala do assunto mais que o homem da cobra.

Ele esteve presente e foi fundamental em todos os anos de Expô que cobrimos, e tamanha capacidade rendeu a ele a incubência de comandar a Equipe UniToledo formada em 2007 no período da tarde. Foram vários gols de placa marcados pelo craque da Rádio Toledo, tanto que o espaço por aqui já estava pequeno para tanta habilidade.

Era a hora do craque Diego Fernandes jogar em uma grande equipe. E para aquele momento a melhor equipe era a Jovem Luz Jovem Pan, ele foi pra lá e em pouco tempo já era uma peça fundamental na emissora. A prova disso foi ao final de 2008 e a sua contratação em definitivo. Por lá o Diego hoje além de participar do jornalismo geral da emissora apresenta ao lado de Vicente de Paulo o Jornal de Esportes, e também ao lado do Vicente vem realizando um sonho de menino que era o de ser repórter de campo em transmissões de partidas de futebol.

Ele vem mandando tão bem que parece estar na função por muitos anos, tanto que já vem recebendo os elogios do mundo esportivo local, afinal quem é craque nunca deixará de ser. Abaixo você pode conferir nas palavras dele como foi esse longo período dentro da Rádio Toledo.



Isso é só o começo, esse rapaz vai longe e a Rádio Toledo vai se orgulhar assim como aquele modesto time do interior de orgulha ao ver um de seus ex jogadores chegarem a uma seleção brasileira. E eu em particular terei a honra de dizer a todos, EU TRABALHEI COM ESTE RAPAZ.

domingo, 17 de maio de 2009

A amizade de um Brasileiro


O ano de 2005 chegou, e a incerteza tomou conta da Rádio Toledo. Era o momento de recomeçar com uma equipe completamente diferente, pois nenhum membro de 2004 continuara no ano seguinte, cada uma das guerreiras seguiam novos caminhos, dos rapazes Bruno Meira se formava e tinha como objetivo ir para a capital, já o samurai Perama optou por se dedicar integralmente aos estudos naquele ano.

Precisavamos montar uma nova equipe, foi então que veio o maior processo seletivo da história do Curso de Jornalismo. A TV Toledo, a Assessoria de Imprensa e a Foto também buscavam seus novos membros. Na Rádio Toledo uma equipe de destaque, mas ainda no processo seletivo é chamado o nome de Alex Brasileiro, eis que se levanta no meio das dezenas de candidatos um ruivinho miúdo e ao olhar para a sua ficha a surpresa nos membros que estavam avaliando os candidatos. "Nossa será que esse miudinho tem jeito mesmo para o rádio?", pois era essa a opção escolhida por ele e destacada na ficha de inscrição.

Quando o garoto ruivinho recém saído do colegial senta-se a nossa frente e dispara suas primeiras palavaras, um susto em quem estava ali com ele. Que voz era aquela? Como podia voz tão potente sair daquela "coisinha miúda"? Um pouco de conversa sobre suas preferências, e já era o suficiente para estar aprovado de imediato.

Dois dias se passaram e o trabalho começara, uma boa conversa no estúdio com o nosso professor Paulo Napoli, a explicação das funções e o estilo de trabalho e todos estavam aptos a começar. É claro que pensei na hora, "já tenho o substituto para apresentação do Diário Toledo". Ao longo dos dias a dor de cabeça foi começando, pois o jovem Brasileiro em momentos descuidados tropeçava na leitura do roteiro do radiojornal, mas o curso do programa seguia.

Até que um dia o Diário Toledo sai de cena, o Brasileiro teve a oportunidade de apresentar a sua última edição. Com isso novos programas chegaram, a Era dos Espaços UniToledo, e o Brasileiro fazendo a edição esportiva do programa, descontrolado em alguns momentos tínhamos que podá-lo nos irritados comentários, as vítimas eram o "pobre" Rubinho Barrichello e todos os times que venciam o São Paulo, ahh esses estavam perdidos na mão do Brasileiro na segunda-feira.

Mas a dedicação que esse rapaz demonstrava era simplesmente cativante, isso fazia com que em muitas vezes fossem relevadas suas artes dentro do estúdio, no ar ou fora dele. A sua inteligência para assuntos técnicos foram primordias nas transmissões ao vivo fora da faculdade.

Outro fator que me comoveu muito ele protagonizou ao lado de mais outras duas pessoas, mas esta história vai ficar para quarta-feira quando falarei aqui de Rafaela Avelhenada, fechando assim o ciclo 2005. Afinal eu também preciso sobreviver de "ibope" as vezes não é verdade?

Mas voltando ao Brasileiro, ele como os outros se tornou mais que um "estagiário" para mim, e a minha identificação com esse rapaz aumentava cada dia mais. A nossa aproximação talvez tenha sido um pouco mais intensa pelo fato do trabalho danado que ele me dava, e isso gerou milhares de conversas.

Talvez por isso ele tenha sido protagonista do meu momento maior de ira com alguém na Equipe UniToledo nesses sete anos. Ele juntamente com os que estavam presentes no estúdio no momento, podem dizer como fiquei. E é como sempre digo, quem gosta não passa apenas a mão na cabeça, quem gosta cobra, fica emputecido, irado, não porque quer desmerece-lo em público, mas muito pelo contrário, é o querer bem. Acredito que aquele episódio foi um divisor de águas em seu comportamento arisco.

Em 2007 dias antes de irmos para mais uma cobertura da Expô, a notícia que me pegou de surpresa. O Brasileiro tinha sido chamado para estagiar na Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Birigui, apesar de já esperar por isso, afinal esse é o nosso trabalho por lá, preparar todos para o mercado de trabalho, aquilo me abalou, mas ele em mais uma nobre atitude me garantiu que só iria para o logo estágio depois de encerrada a Expô, mesmo contrariando um desejo do seu novo local de trabalho.

Ele se manteve lá, firme e forte na sua dedicação e empenho que o sempre marcaram em dois anos e meio ali com a gente. No último dia de transmissão da Expô preparamos uma surpresa para ele com depoimentos de vários amigos da equipe e da faculdade, professores também deixaram sua mensagem para o Brasileiro.

Confesso que foi o momento mais comovente que já tive ali dentro nesses sete anos, pois ao ouvir a reação dele com o que cada um de nós diziamos para ele, e depois suas palavras, não tinha mais dúvida alguma conseguimos fazer a diferença. Quem esteve lá naquele dia notou, o stand UniToledo parou para acompanhar a despedida sde um Brasileiro raçudo.

Vocês podem conferir abaixo um pouco desse sentimento nas próprias palavras do Alex.



Hoje ele é o Assessor de Imprensa da Prefeitura de Birigui, foi contratado assim que se formou, e assim a Rádio Toledo se orgulhou de ver mais um de seus membros no mercado de trabalho. E para mim restou o companheirismo, a cumplicidade e a amizade de um Brasileiro.